segunda-feira, 26 de abril de 2010

KISS no player VH1

A VH1 teve uma ótima idéia.

Criou um player próprio, com vários skins, que serve para quem quer dar uma cara legal aos vídeos "embedados" em blogs ou sites de música.

Claro, como resultado a VH1 fica presente nesses canais. Genial.

Para usar é bem simples:

> Escolhe um skin
> Cola o endereço do vídeo e está feito!



quinta-feira, 22 de abril de 2010

Grande Sonic Boom


Minha intenção era escrever sobre Sonic Boom quando o mesmo fosse fabricado no Brasil, mas, desde 06 de outubro de 2009, dia de seu lançamento oficial, até hoje, nem rumores de uma edição brasileira surgem.

Então, é hora de esquecer esse entrave e pressionar as teclas.

Creio que a resenha será diferente de uma que tivesse sido feita na época das primeiras audições.

Esse tempo foi ideal para entender o álbum, pois, já passou a expectativa de ouvir algo inédito em 10 anos com a promessa de retorno aos anos 70. A ansiedade nos faz torcer o nariz ou babar com muita facilidade.

Agora, é possível compreender por que esse é um grande álbum do KISS.

E não era preciso ser clássico (impossível) e muito menos o melhor, mas sim, KISS e inédito.

Modern Day Delilah nos tirou do jejum da melhor forma possível.

Acredito que o post de 6 meses atrás sobre essa música permanece valendo.

É um rock simples e direto, de fórmula fácil mas eficaz: riff matador, refrão rocker e Paul Stanley cantando.

E como é de praxe, a bola deve ser passada para Gene, que, infelizmente, estava mal posicionado em Russian Roulette - não por seu vocal, ainda muito bom em estúdio, mas por mudar o andamento das coisas.

Ele pegou uma música velha, lado B dos anos 80, mudou algo aqui e alí, e fez dessa a segunda música do álbum.

Até que é uma canção divertida, mas, ainda assim é lado B dos anos 80 e não perdeu o posto.

Yes I Know (Nobody's Perfect), outro antigo lado B (na verdade, todas as contribuições de Gene foram criadas bem antes de 2009) conseguiu ser melhorada. Essa sim merecia ser a segunda faixa. Inclusive, é nessa música que o KISS dos anos 70 volta forte. Mais especificamente 74 de Let Me Know e seus backings e 76 de Ladies Room.

É empolgante ouvir os coros de “yes i know, yes i know” e as levadas rock and roll das guitarras. Isso há muito não ouvíamos no KISS.

Ocorre algo parecido em Hot and Cold, ex Rotten to the Core do Bullfrog Bheer, velha banda de Gene. Dessa vez aterrizamos na levada de Love'em and Leave'em e nos coros de Calling Dr. Love.

Não é melhor que nenhuma das duas, são outros tempos, mas, é muito bom ouvir um som do tipo hoje em dia. Além disso, já vale só pelo “too hot, too cold” do fim da música.

Se nesses sons temos o Gene Simmons linguarudo, em I'm an Animal ele incorpora o Demon de God of Thunder e Unholy. É a mais pesada do álbum. Muito bem trabalhada, forte e com cara de trilha sonora de filmes com monstros heróis. Muito boa.

Never Enough. Essa tem a marca de Paul. Enérgica, “pra cima”, cativante, “It's Alright”... Um dos pontos mais altos do trabalho. Já é clássica.

Ainda nessa, Tommy Thayer, que seguiu perfeitamente a doutrina Frehley e às vezes soa bem artificial em seus solos, mostrou-se muito bem. A melhor aplicação dos ensinamento de Ace.

A música que ele canta, When Lightning Strikes, é bem rockzona. Nunca seria a melhor ou a pior música, mas, é um ótimo preenchimento, com direito a coros ao estilo Shock Me (por que será?).

O mais legal nela, porém, é a marcação com cow bell.

Aproveitando a linha de músicas sem Gene ou Paul nos vocais, All For The Glory, cantada por Eric Singer - que fez com excelência o papel de baterista das antigas - é também como a de Thayer. Ou seja, nada inovadora ou surpreendente. Mas, é um bom hard rock com um riff base que beira o rock underground.

Stand é o contraponto desse detalhe. Gene e Paul dividem os vocais desse hino hard rock. Um épico de encerrar filmes ou shows. Exagerado em sua letra mas transcendente por provar que músicas grandiosas ainda podem ser feitas.

Danger Us é um caso semelhante. Grandiosa também, mas sem frescuras, e sim muito rocker. Um exemplo que poderia ter aparecido na Escola de Rock do Mr. S. Uma música com atitude, daquelas no estilo “foda-se, vou fazer um rock básico”. Com o KISS o resultado ficou excelente. Além disso, temos nela o melhor solo de guitarra do trabalho, inspirado menos em Ace e mais em Tommy mesmo.

Say Yeah fecha os pouco mais de 30 minutos de Sonic Boom da melhor forma possível. Forte e bonita ao mesmo tempo, é o clássico hard rock de Paul Stanley.

O tempo todo a sonoridade é old school, sem invencionices.
Devido à isso, se assemelha muito aos velhos tempos. Como prometido.

Porém, não é o melhor álbum desde Love Gun (a concorrência é muito forte) mas é acima da média e provou que o KISS pode fazer grandes trabalhos quando quer. Fez valer a espera.

Alcançou 2º lugar na Billboard, posto mais alto já atingindo pelo KISS.
Teria chegado à primeiro se não inventassem de vender exclusivamente na despreparada Walmart, que nem sequer entrega internacionalmente. Imagina a 12 doláres mais 6 de frete na Amazon. Correria o mundo.

E, por fim, abriu espaço para mais um novo álbum do KISS que será lançado até 2011.

Bons tempos!