sexta-feira, 26 de junho de 2009

Wicked Lester


Histórico


Em 1970, Eugene Klein (posteriormente Gene Simmons) formou o Rainbow, juntamente com o seu amigo Brooke Ostrander, antes mesmo de surgir a banda de Richie Blackmore que tinha o mesmo nome.

Nesse ano, se juntou ao grupo Stephen "Steve" Coronel, que após um tempo de trio, sugeriu a entrada Stanley Eisen (depois Paul Stanley).

Steve Coronel

Estava feita a união de Paul e Gene, respectivamente guitarrista base e baixista, além de principais vocalistas da banda.

Ostrander era responsável pela percussão, flauta e teclados, enquanto Coronel era o guitarrista solo. Ainda passaram pelo Rainbow dois bateristas, Joe Davidson e Tony Zarella, mas foi com a entrada desse último que a formação estava completa.

Descobriram que havia outro grupo com mesmo nome e, então, mudaram para Wicked Lester.

O som deles era repleto de versões e poucas composições próprias, mas, conseguiram com que um álbum fosse gravado para a Epic Records, com a condição de que Coronel saísse, pois não tocava muito bem. No seu lugar entrou o músico de estúdio Ron Leejack. A produção ficou por conta de Ron A. Johnson e Eddie Kramer.

Da esquerda para direita: Ron Leejack, Gene Simmons, Paul Stanley, Brooke Ostrander, e Tony Zarrella

A track list era:
1. Love Her All I Can (Stanley)
2. Sweet Ophelia (Barry Mann/Gerry Goffin)
3. Keep Me Waiting (Stanley)
4. Simple Type (Simmons)
5. She (Coronel/Simmons)
6. Too Many Mondays (Barry Mann/Cynthia Weil)
7. What Happens In the Darkness (Tamy Lester Smith)
8. When The Bell Rings (Austin Roberts/Christopher Welch)
9. Molly (Stanley)
10. We Want To Shout It Out Loud (The Hollies)

O trabalho nunca foi lançado oficialmente, inclusive, foi renegado pelo diretor de A&E da gravadora, Don Ellis. A sua capa, no entanto, foi usada no álbum de estréia da banda de power pop The Laughing Dogs, em 79.




Paul e Gene acreditavam que a falta de sucesso se dava ao som, calcado no rock, pop e folk, e também à imagem pouco significativa que tinham. Eram apenas mais uns. Decidiram, então, mudar sua proposta, com um som mais direto e visual original.

Tony Zarella saiu da banda, em seguida Brooke Ostrander também, por achar que o projeto não chegaria a lugar algum.

Wicked Lester recebeu depois Peter “Criss” Criscuola e Paul “Ace” Frehley, mudaram seu nome para KISS e o resto da história nós conhecemos.

Wicked Lester como trio: Paul, Peter e Gene

Compilação

O material do Wicked Lester se espalhou pelo mundo em compilações incluindo o que seriam as gravações oficiais e demos. Disponibilizo a melhor que encontrei na web ao final do post.

Podemos notar claramente que o som tem mais elementos, mas perde em punch. Ainda assim o rock e guitarras estão presentes, mas sem muito peso. Gene está cantando de forma mais suave e em tom mais agudo - ainda não tinha despertado o demônio nele. Já o vocal de Paul Stanley está excelente.

Temos momentos bem animados com Sweet Ophelia, Simple Type e When The Bell Rings, onde nas duas últimas Paul e Gene dividem os vocais.

Love Her All I Can e She estão bem próximas das versões gravadas depois em Dressed to Kill, no entanto diferem pelos elementos pop e folk e o ritmo mais primitivo, com coros nada agressivos e She contando ainda com uma flauta ao estilo de Jethro Tull.

Um ponto alto da compilação é a bela música Long Long Road, de autor desconhecido, que não entrou para o track list do álbum. É uma linda composição, bem folk, interpretada de forma espetacular por Paul, com a voz madura e bonita, demonstrando total conforto em tons mais baixos.

Se Paul e Gene tivessem apostado nesse projeto, dificilmente seriam o que são hoje, mas com certeza o trabalho tem qualidade e merece a audição dos fãs do KISS!

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